Lipoaspiração

LIPOASPIRAÇÃO/LIPOESCULTURA

Lipoaspiração / Lipoescultura Dr. Bruno Navarro Amado Plástica Navarro

O termo “Lipoaspiração” é utilizado para definir um procedimento cirúrgico que visa a remoção parcial da gordura de determinada região, com o intuito de proporcionar melhora do contorno corporal e/ ou a correção de defeitos de conteúdo gorduroso. Esta aspiração é feita através de pequenas incisões na pele, onde são introduzidas cânulas metálicas de diversos tamanhos e diâmetros, as quais conectam-se a uma mangueira de borracha e então a um aparelho especial de vácuo que faz a sucção da gordura para dentro de um recipiente graduado de vidro.

“Lipoescultura” é um termo mais recentemente difundido que caracteriza a mesma lipoaspiração e a utilização de parte desta gordura aspirada (através de seringas apropriadas) para preenchimento de algum defeito ou depressão corporal (lipoenxertia). Outros termos, como “Lipo-light”, “Hidro-lipo”, etc, também vêm sendo divulgados, consistindo fundamentalmente do mesmo princípio de aspiração de gordura, com pequenas variações técnicas no método.

Obviamente não se trata de um tratamento de obesidade ou visando emagrecimento, devendo ser encarado como uma cirurgia de modelação ou de contorno corporal, havendo indicações precisas.

CICATRIZES:

As cicatrizes de lipoaspiração correspondem a pequenas incisões cuidadosamente colocadas em pontos estratégicos para a devida remoção gordurosa, estando disfarçadas em sulcos, dobras, relevos naturais ou em áreas normalmente cobertas por vestes. Passam por toda a evolução normal de uma cicatriz, tornando-se muito discretas na maioria dos casos.

INDICAÇÕES:

Este método pode ser utilizado em qualquer região corporal que apresente acúmulo localizado de gordura. Entretanto, há limitações técnicas e anatômicas como toda cirurgia estética. A “lipo” não vai corrigir flacidez de pele ou da musculatura local. Assim, resultados favoráveis nem sempre são possíveis, e nesses casos, a remoção do excesso de gordura poderá acentuar a flacidez, já que a pele (com sua elasticidade prejudicada) ficará sem uma boa sustentação.

Por ser um tratamento de acúmulo localizado de gordura, a lipoaspiração da região abdominal não deve ser encarada como uma opção à abdominoplastia clássica (plástica de abdome, na qual são necessárias incisões maiores para ressecções dos excessos dermo-gordurosos). Nos casos de lipoaspiração pura, não há flacidez de pele, mas somente excesso localizado de gordura em uma região com boa textura e elasticidade da pele. Na flacidez abdominal, a elasticidade da pele está prejudicada, sendo indicada sua ressecção, podendo até estar associada uma “lipo” de outras áreas. Considera-se também, nesta localização, a situação da musculatura abdominal, que pode apresentar um grau de flacidez cuja correção só é possível através da abdominoplastia. Há, ainda, em relação à região do abdome anterior, a possibilidade de associação das duas cirurgias na chamada lipoabdominoplastia, que consiste em uma lipoaspiração seguida da retirada do excesso de pele e tratamento muscular, na dependência das características de cada caso. Maiores esclarecimentos serão fornecidos durante sua consulta médica, em conformidade com os achados do exame físico.

Dessa forma, as limitações desta cirurgia são relacionadas às condições clínicas dos pacientes, à quantidade de gordura, à situação muscular e ao grau de flacidez e elasticidade da pele. Salienta-se que mesmo nos casos de flacidez leve a moderada, a lipoaspiração pode ser realizada, devendo ser complementada se necessário por uma remoção da pele flácida residual (o que pode ser feito em um segundo tempo cirúrgico, após a observação da retração pós-operatória dos tecidos) ou há, ainda, casos em que o/a paciente aceita a possibilidade de ficar com um grau de flacidez na região tratada, visando não apresentar cicatrizes de ressecção, mesmo podendo ocorrer pequenas irregularidades de superfície.

Grandes lipoaspirações (megalipoaspirações) são procedimentos passíveis de maiores riscos e complicações, devendo ser desaconselhados. Há um percentual em relação ao peso corporal, em que o volume do aspirado está dentro de uma faixa de segurança. Assim, em alguns casos, prefere-se indicar o tratamento dividido em etapas.

É comum o pedido do(a) paciente para que seja retirada toda a gordura da região a ser tratada. Deve-se esclarecer que a pele é sustentada por esta camada de gordura e que a sua total remoção poderá cursar com irregularidades de superfície ou até mesmo necrose (morte) tecidual por falta de vascularização local.

A “lipo” pode ser associada a outras cirurgias, dependendo das suas dimensões e da particularidade de cada caso. Isto será esclarecido durante sua consulta, ponderando as expectativas e as possibilidades técnicas.

RISCOS DA CIRURGIA:

A lipoaspiração não é simplesmente um tratamento de beleza. É uma cirurgia e como tal tem seus riscos, até mesmo de vida. Não há procedimento cirúrgico, mesmo que estético, sem esta possibilidade. Ao contrário do que é frequentemente divulgado, trata-se de um procedimento difícil e exige formação profissional em Cirurgia Plástica. Existem informações errôneas geradas por casos excepcionais de pacientes operados(as) em condições adversas à normalidade. Como procedimento eletivo, é uma conduta cirúrgica planejada, podendo aguardar a oportunidade ideal para ser realizada.

A CIRURGIA:

Inicialmente é feita uma marcação na pele com canetas especiais, definindo-se a área a ser tratada. Durante este processo de planejamento, a paciente está acordada, em pé e participa ativamente, indicando as regiões mais importantes.

A anestesia comumente é a peridural com sedação, para as cirurgias no tronco e membros inferiores. Poderá ser geral ou mesmo local em casos determinados pela equipe cirúrgico-anestésica e também de acordo com a região a ser aspirada, cirurgias associadas ou preferência do(a) paciente.

Após a anestesia procede-se à infiltração de uma solução de soro fisiológico com vasoconstritor (adrenalina) na área a ser aspirada, o que facilita o procedimento, reduzindo os possíveis sangramentos. Existe também a lipoaspiração “a seco”, usada por alguns cirurgiões, sem a infiltração da solução. Estas questões técnicas serão aprofundadas no consultório. Através de cânulas de diversos calibres e formatos, a gordura é aspirada, dando o contorno programado. Ao final, os pequenos orifícios necessários para a cirurgia são suturados e a área operada comprimida por modeladores elásticos ou faixas compressivas, cujos modelos vão variar de acordo com a região tratada. Esta compressão é extremamente importante para o controle do edema (inchaço) e remodelação corporal, somente devendo ser retirada para o banho.

O tempo da cirurgia vai depender da área a ser tratada sendo aquele necessário para dar o melhor resultado para cada caso (em média, cerca de 4 horas). O (a) paciente poderá receberá alta hospitalar após um dia.