Mamoplastia de Aumento

MAMOPLASTIA DE AUMENTO (Implante de Próteses Mamárias)

Mamoplastia de Aumento Dr. Bruno Navarro Amado - Plástica Navarro

Mastoplastia (ou mamoplastia) é o nome dado à cirurgia plástica das mamas. Pode ser subdividida em:
Mastoplastia redutora: objetiva diminuir o volume e proporcionar uma forma mais harmônica às mamas;
Mastopexia: é a cirurgia para tratamento da ptose mamária (queda) , com pequena ou nenhuma redução de volume associada;
Mastoplastia de equilíbrio: procedimento para correção de assimetrias muito evidentes;
Mastoplastia de aumento: através da inclusão de implantes, visa projetar esteticamente ou corrigir deformidades mamárias congênitas ou adquiridas.

As informações a seguir têm como objetivo esclarecer alguns aspectos relativos à cirurgia de aumento das mamas através de implantes (próteses).

INDICAÇÕES:

Esta cirurgia está indicada nos casos de AMASTIA (ausência congênita das mamas), HIPOMASTIA (volume diminuído das mamas), ASSIMETRIAS (uma mama é muito menor que a outra), RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS secundárias a um defeito morfológico resultante geralmente de ressecções tumorais, e quando há o DESEJO ESTÉTICO da paciente por um aumento volumétrico e de projeção das mamas.

QUANDO OPERAR:

As mastoplastias de forma geral podem ser realizadas a partir do completo desenvolvimento das mamas. Isto tem ocorrido mais precocemente nas últimas décadas devido às mudanças impostas pelas alterações dos hábitos de vida, como o uso freqüente de hormônios femininos e o início da atividade sexual, dentre outros fatores. Assim, a partir dos 14 a 15 anos, já é possível operar as adolescentes com desenvolvimento completo das mamas, atendendo suas necessidades estéticas e emocionais. Em relação ao período de lactação-amamentação, recomenda-se aguardar pelo menos 6 meses após interrompê-lo para programar a cirurgia.

PRÓTESES MAMÁRIAS

O material empregado na fabricação das próteses mamárias geralmente é um tipo de polímero sintético, comprovadamente biocompatível, conhecido como SILICONE. Este produto faz parte da composição tanto do revestimento da prótese quanto do seu conteúdo. O revestimento pode conter outros componentes, como o poliuretano, e o interior pode ser preenchido por soro fisiológico ou mesmo alguns tipos de óleos. Cada um destes produtos tem suas particularidades, sendo o mais usado mundialmente o silicone na forma de gel coesivo. Nestas condições, ele é um produto inerte e com alta segurança já que, devido à sua consistência coesiva, caso haja uma ruptura traumática da prótese, o gel não disperse, impregnando os tecidos.

É importante salientar a conclusão de estudos e pesquisas de que o silicone não causa doenças degenerativas articulares ou câncer de mama. O que ocorre é que poderia haver dificuldade na identificação de uma lesão mamária inicial (dependendo da técnica empregada). No entanto, com o controle através da mamografia periódica e o desenvolvimento de métodos mais avançados de avaliação, estes problemas geralmente são contornados. Este assunto deve ser aprofundado e claramente abordado durante sua consulta, esclarecendo todas as suas dúvidas e ponderando as particularidades de cada caso. Casos de câncer de mama na família ou displasias de alto risco devem ser informados e podem contra-indicar esta cirurgia.

A ESCOLHA DO TAMANHO:

A paciente deve avaliar, juntamente com o cirurgião, os diversos volumes de próteses mamárias, adequando seu desejo às possibilidades técnicas e ao conjunto estético corporal. Próteses similares às que serão utilizadas devem ser mostradas para que a paciente tenha melhor noção de tamanho/volume e conheça os produtos. Considera-se que a opinião do cirurgião(devido a sua experiência e familiaridade com o volume dos implantes) é muito importante na determinação do tamanho das próteses mas, avaliando todos os aspectos, a escolha final deve ser da paciente.

FUNÇÕES DAS MAMAS:

O implante de próteses não altera as funções das mamas. A sensibilidade e a possibilidade de amamentação são mantidas desde que estas condições já existam antes da cirurgia. Logo após a operação, pode haver uma diminuição da sensibilidade que aos poucos irá retornando ao normal. Nos casos de ablação da glândula mamária para tratamento de uma doença benigna ou maligna, estas funções podem estar comprometidas.

SIMETRIA E ASSIMETRIA:

Uma metade do corpo não é igual à outra. As assimetrias mamárias são muito freqüentes, podendo ser decorrentes do formato e/ ou conteúdo assimétricos das mamas propriamente ditas, ou secundárias a deformidades do tórax (em geral alterações congênitas). Muitas vezes, estas assimetrias não são percebidas pelas pacientes antes da cirurgia. Obviamente, o objetivo do tratamento é um equilíbrio o mais perfeito e simétrico possível, mas deve-se salientar que nem sempre essas assimetrias são passíveis de correção, ou seja, a simetria das mamas nem sempre pode ser alcançada pela cirurgia.

AS CICATRIZES:

As cicatrizes das mastoplastias de aumento dependerão do tipo e formato das mamas e do que se deseja com a cirurgia. Assim, nas mamas que não apresentam ptose (queda) associada, as cicatrizes poderão ser posicionadas no sulco sub-mamário ou na transição da pele da aréola com o restante da mama, em forma semicircular.

Já nas mamas ptosadas há que se corrigir esta queda com o reposicionamento superior dos tecidos após a colocação das próteses. Nestes casos, as cicatrizes serão de acordo com a necessidade de acomodação dos tecidos mamários. Costuma-se dizer que “as mamas terão as cicatrizes que pedirem” em função das suas condições antes da cirurgia. Cada técnica tem sua indicação apropriada, assim, para alcançar forma e tamanho desejados, será indicada a que deixará as melhores e menores cicatrizes possíveis para o caso específico. Atualmente as técnicas mais comuns para a correção da ptose associada a mastoplastia de aumento podem ocasionar cicatrizes ao redor da aréola, verticais, em forma de “L”, ou de “T” invertido, as quais vão adquirir com o tempo, aspecto de uma linha de tonalidade semelhante à da pele e localizadas em áreas que possam ser encobertas pelas vestes de banho. Entretanto, o resultado final vai depender da reação de cada organismo.

Nas cirurgias reconstrutoras, as cicatrizes seguirão o padrão da cirurgia anterior, estando de acordo com a deformidade encontrada no momento da reparação.

A CIRURGIA:

A cirurgia pode ser realizada no sistema de “hospital-dia”, ou seja, podendo ter alta hospitalar no mesmo dia da operação. No entanto, frequentemente prefere-se um período de internação de cerca de 24 horas.

O ato dura de 2 a 3 horas e, em geral, é realizado sob anestesia local com sedação. Podem ser usados outros tipos de anestesia como a peridural ou a geral, dependendo da avaliação cirúrgico-anestésica e do desejo da paciente. Tudo isto será conversado antes da cirurgia, ponderando-se todos os aspectos. Salienta-se que o tempo total de permanência no bloco cirúrgico é maior que o tempo real da cirurgia, pois acrescentam-se o preparo e a recuperação pós-operatória.

As mamas são incisadas de acordo com a programação prévia, dissecando-se um espaço para a inclusão das próteses. Tecnicamente, este espaço pode ser:

1) retro-glandular (ântero-muscular): atrás do tecido mamário e à frente do músculo;

2) retro-fascial: atrás da fáscia peitoral; ou

3) retro-muscular: atrás do músculo peitoral maior. Cada possibilidade será explicada detalhadamente durante a consulta médica.

O curativo é feito de forma a ajudar na modelagem das mamas, utilizando-se de esparadrapo microporoso, devendo ser sobreposto por um soutien pós-cirúrgico adequado (sem rendas ou aros, de forma a moldar toda a mama e justo ao tórax), o qual só pode ser retirado para o banho.

TROCA DAS PRÓTESES:

A troca das próteses mamárias, hoje em dia, somente é recomendada nos casos de ruptura, deformidades morfológicas, encapsulamento severo, infecção ou desenvolvimento de doenças mamárias incompatíveis com a permanência das mesmas no organismo. O controle cirúrgico e mamográfico irá detectar estas alterações, indicando a troca.